segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Presenças na posse da Consócia Emília

Wellington, Sobrinho, Daniel e Ronan do CMBH

José dos Santos e Vera do CM de Pouso Alegre

Ronan e Kaike


Mery e Raul do CM Rio de Janeiro


Ronan,Marilha Cunha, Sobrinho,Raimundo, Wellington Daneil  e José antônio

Ada e Ronan

Thiago Tibúrcio e Sydeni de Oliveira 

Robson e Esposa

Neusa Gomes e Frank

Margarete e Frank

Enzo , Ludi e Dona Orleide (Mãe da Ada)

Familiares da Ada

Familiares da Ada

Presidente do CM de Fortaleza, Marcelo com Enzo Emilia e Ze alves

Renato Lima

David e Luiz Ricardo

Cristian, Agnaldo e Bete

Roberto e Rozendo


Nadielle, Simone e John 


Agridio



Baly, Guto e Jaqueline

Marilha Cunha e Carla Malta,
Valdivino e Paula presidenta do CM de Maceió



E muitos Confrades e Consócias de todo o Pais




Missa em ação de graças pela posse da Consócia Emilia



Padre Alexandre preside a celebração


Thiago Tibúrcio e Erika, fazem os comentários

Mês da Biblia.....


O Irmão da Emília faz a primeira Leitura
Leitura do livro da Sabedoria (9-13-18)


A Mãe da Emília (Dona Nilza) faz o Salmo Responsorial (89(90)
Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós. 

Outro Irmão faz a segunda leitura.
Leitura da Carta de São Paulo a Filêmon


O filho Thiago faz as preces comunitárias


Confira a íntegra do discurso da consócia Emília Jerônimo.

Hoje é um dia especial.
Dia para agradecer a Deus por tudo que ele deixa acontecer em minha vida.
Dia para enaltecer e render homenagens a pessoas especiais, pelo que representam em minha vida de cristã ... vicentina!
Primeiro meus pais, Bosco e Nilza, que, com sabedoria, me mostraram o reto caminho e que até hoje me conduzem. Para grande alegria, eles são, além de tudo, confrade e consocia de minha Conferência.
Ao Zé, meu marido, parceiro incondicional, que primeiro enxergou a SSVP como meio de chegar a Cristo, nos Pobres, sensibilizado pelo confrade Gil e pela consocia Nenzinha, fiéis escudeiros de Ozanam. Sua motivação nos trouxe aqui.
Aos meus filhos – Tiago, Juliana e Caio – e aos meus netos e nora – Felipe, Gabriel e Angélica –, pelo apoio que me dão ao me ofertarem o tempo que seria para eles.
Aos confrades Afonso e Andrietta, fontes inesgotáveis de inspiração.
À simplicidade do confrade Manezinho, confrade de minha Conferência São Cosme e Damião, que ficou em Brasília, em nome de quem lembro e cumprimento todos os confrades e consócias de nosso Brasil.
Aos Padres, Irmãos e Irmãs da Família Vicentina, pelos seus ensinamentos e pela parceria.
À Consócia Ada e à sua Diretoria, a quem rendo todos os elogios e homenagens possíveis pela competência com que conduziram este Conselho nos últimos quatro anos. Tenho certeza de que o nosso fundador Ozanam e o nosso Inspirador Vicente de Paulo também festejam no céu o êxito desta gestão. Equipes assim asseguram a continuidade de seus ideais e alegram o Cristo.
Queridos amigos, queridos familiares:
Hoje, Deus permitiu que eu estivesse aqui com a principal tarefa de unir, animar e coordenar as atividades vicentinas de todos os escalões do Conselho Nacional do Brasil.
Confiou-me as tarefas de reforçar a necessidade de sermos leais aos princípios e à Regra da SSVP; de buscar, sempre, a integração entre os vicentinos e sua hierarquia; de cuidar da parte espiritual e de formação vicentina, sem esquecer da boa e regular organização administrativa.
À equipe que comporá a minha diretoria e que me suportará nestes próximos quatro anos, desde já, o meu eterno agradecimento e um pedido, já aceito, de que trabalhemos unidos. Apesar de separados em coordenações e encargos, seremos unos, com o mesmo objetivo. Independente da especificidade das atribuições, todos trabalharemos focados em Mudanças Sistêmicas.
Talvez pudéssemos resumir nosso lema em“qualificar para preservar o espírito original da SSVP”. Por quê? Porque, em 2009, no Encontro Nacional da Família Vicentina, fomos motivados e desafiados a trabalhar dentro desse Projeto de Mudança de Estruturas.
Porque penso que o desafio de todo e qualquer dirigente Vicentino, a partir deste Encontro, é favorecer continuamente o conhecimento sobre mudança sistêmica e, com o pleno conhecimento, identificar projetos, estratégias criativas, políticas e linhas de ação que derivem posturas efetivas na busca de conquistar, com os Pobres, a sua promoção integral.
Também porque esse Encontro reforçou-nos que devemos ter a consciência de não considerar a pobreza como um resultado inevitável das circunstâncias, mas como produto de situações injustas que podem ser modificadas, se nos centrarmos em ações que tendam a romper o círculo da pobreza.
Isso é algo novo? Não!!! As expressões são atuais,porém velhas conhecidas de São Vicente e Ozanam, que, cada um em sua época, já diziam: ”Os pobres, algumas vezes, sofrem mais por falta de organização que pela ausência de pessoas caritativas” ... “A caridade não basta. Ela trata as feridas, mas não os golpes que as causam. A caridade é o samaritano que derrama azeite sobre as feridas do caminhante que foi atacado. O papel da justiça é prevenir os ataques.”
Talvez porque esta forma de atuar ainda esteja adormecida em muitos de nós. Ou, talvez, porque dá um pouquinho mais de trabalho...
Conhecedores do Projeto de Mudança de Estruturas, somos impelidos a repensar a nossa forma de assistência, que pede muito mais que uma cesta de alimentos, roupas, remédios, construção de moradias. Mudança de Estruturas coloca o Pobre como o protagonista de sua vida, pessoa extremamente importante no processo de sua independência - seja nossa ,da Igreja ou do Estado.
Esse Projeto também nos pede atenção contínua para o surgimento de novas formas de pobreza. O confrade Andrietta, em sua carta aos vicentinos, já nos alertava para a complexidade das pobrezas de hoje: desagregação familiar, dependência do álcool e das drogas, violência contra a mulher, abandono escolar, criminalidade urbana, além da nova conjuntura econômica do país, que alterou o padrão de necessidades das famílias carentes, que, muitas vezes, estão "dispensando" o auxílio com gêneros alimentícios, e passaram "a fazer pedidos" que fogem da maneira de atuar da maioria das Conferências Vicentinas; sem contar a gravidade da "ausência de Deus".
Por isso, é preciso sensibilizar os nossos vicentinos para esta nova caridade, para novos tempos...
Então, ir às bases é preciso!
E assim faremos. Iremos às bases sensibilizar, formar, conscientizar. Aliás, ir às bases é outro ponto fundamental de toda a nossa equipe, pois sabemos que é lá que as coisas acontecem.
O percurso será longo. Sabemos que quatro anos são apenas quatro passos diante desse desafiante trabalho, que ultrapassa as nossas forças de Conferência, de Conselhos Particulares, de Centrais, de Metropolitanos e de Nacional.
Ajudar cada pessoa menos favorecida a escrever a sua própria história, sem que no roteiro dessa história não faltem justiça, direitos e igualdade, é uma tarefa complexa e, muitas vezes, lenta, onde as parcerias são inevitáveis.
Parcerias com a Família Vicentina, com os demais Movimentos, os Serviços e as Pastorais da Igreja; com pessoas e entidades que estão dispostas a lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.
Para isso, usaremos também todas as mídias ao nosso alcance. Escreveremos bastante sobre o tema para gerar conhecimento.
Muitos devem se perguntar por que tanto enfocar mudança de estrutura. E eu respondo: porque nós, confrades e consocias, precisamos ter a convicção de que, somente trabalhando assim, a vida do Pobre será transformada para melhor. Ou, então, simplesmente para cumprir nossa obrigação, pois a nossa Regra assim nos diz: é missão da Sociedade de São Vicente de Paulo promover a dignidade e a integridade do homem. Ou podemos nos motivar, ainda, pela confiança que nos tinha o Papa Paulo VI, que dizia: "Quando abro a minha janela cada manhã, e contemplo o mundo lá fora, fico alegre porque sei que nele estão trabalhando os vicentinos."
Queridos confrades e consocias, nossa posse, hoje, 8 de setembro, dia em que celebramos a Natividade de Nossa Senhora e também 160 anos da morte de Ozanam, não foi uma coincidência. Foi uma providência de Deus, para nunca nos esquecermos de ser sempre fiéis e comprometidos como foi Maria, com o trabalho de ajudar a cuidar e promover o seu Filho, Jesus Cristo, no Pobre que assistimos, e recordar, diuturnamente, que não temos duas vidas, uma para viver e outra para praticar a caridade.
Já quase encerrando, peço, para mim e para minha equipe, muito mais trabalho, com base no que Ozanam nos disse: “A caridade não deve nunca olhar para trás, mas sempre para frente, porque o número de seus benefícios passados é sempre pequeno e as misérias presentes e futuras que ela deve aliviar são infinitas”.
Costumo falar que nós, vicentinos, missionários na Caridade, somos privilegiados, pois temos conosco os preferidos de Deus. Maior do que o privilégio, só a responsabilidade que o nosso trabalho requer. Porque nenhum encargo terá valia se não tivermos os Pobres como destinatários principais de nossas ações e se essas ações não forem realizadas com amor, caridade e justiça.
Por fim, ainda inspirada por Ozanam, digo que “sou uma serva inútil, uma trabalhadora da última hora que o Senhor da Vinha chamou por caridade e, também como ele, “mesmo que possuísse tudo o que se pode desejar de bom neste mundo para ser feliz, ainda assim acharia que faltava alguma coisa, se não conseguisse a felicidade alheia.”
E é assim, pedindo a benção dos Pobres e a proteção de Maria, que conclamo a cada confrade e consocia e quero ouvir a resposta de vocês: vamos manter e preservar a SSVP tal qual sonhada e concebida por Ozanam e seus amigos?
OBRIGADA!

Consócia Emília Jerônimo
Presidenta nacional da SSVP
Fonte: SSVP-Brasil