segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Caixa Dom Silvério



Você já ouviu falar da Caixa Dom Silvério?
Pois é: A Caixa Dom Silvério é uma obra especial do CM-BH, ela foi criada em 1920 inicialmente com o nome de “OBRA DAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS” surgiu para dar suporte aos seminaristas pobres que não tinham condições de se manterem no seminário. 

Em 1929 exatamente no dia 22/12/1929, houve uma reunião do Conselho Metropolitano Diocesano de Belo Horizonte, (era assim chamado o CM-BH), quando foi discutido e aprovado a fundação da Caixa Dom Silvério, com o objetivo de atender aos seminaristas filhos de vicentinos, que não podiam manter os seus filhos no seminário. Ficando duas obras com a mesma finalidade. 

No dia 16/01/1944, na reunião ordinária do CM Diocesano de BH-SSVP, foi discutida e aprovada a unificação das duas Obras. O Nome da obra especial ficou sendo “CAIXA DOM SILVÉRIO”, em homenagem a Dom Silvério Gomes Pimenta, atendendo indistintamente a seminaristas de baixa renda. 

Quem foi Dom Silvério? 

Dom Silvério Gomes Pimenta nasceu em Congonhas do Campo MG no dia 12 de janeiro de 1840 e faleceu em Mariana, MG no dia 30 de agosto de 1922. 

Sendo órfão de pai ainda cedo, Silvério Gomes cedo teve de empregar-se como caixeiro para sustentar a mãe e quatro irmãos menores. Demonstrando desde cedo aptidão para o estudo, seu padrinho obteve para ele uma vaga no Colégio de Congonhas, dos padres Lazaristas. Afilhado de crisma de Dom Viçoso, bispo de Mariana, este lhe concedeu matrícula no Seminário da cidade. Ali entrou aos 14 anos. Dois anos depois já era professor de latim, cadeira que ocupou durante 28 anos. Além de latim, foi professor de Filosofia e História Universal, durante 12 anos. Foi ordenado padre aos 22 anos por seu padrinho. Em 1890, foi nomeado bispo de Cámaco e Auxiliar de Mariana. Em 1897, foi nomeado bispo titular de Mariana. 

Em 1906, o Papa Pio X elevou a Diocese de Mariana a Arquidiocese, e por consequência, seu bispo a arcebispo. 

Dom Silvério foi o primeiro prelado brasileiro com assento entre os escritores consagrados pela Academia Brasileira de Letras. 

De onde vêm os recursos? 

Das conferências, dos confrades. Normalmente é feito uma coleta mensal para a “CAIXA DOM SILVÉRIO” e esta coleta é repassada para o CP que passa para o CC que passa para o Metropolitano. Nesta coleta não há décimas, pois ela é específica para os seminaristas. 

Como é escolhido o seminarista para receber esta “Bolsa”? 

A Escolha é feita através de sindicância Socioeconômica, feita pela conferência da comunidade do seminarista interessado, ou pelo pároco de sua comunidade, que conhece a situação financeira de sua família, ou ainda pelo Padre diretor do seminário onde o interessado está matriculado. 

Como é feita a distribuição? 

O CM-BH tem um assessor para a Caixa Dom Silvério, o confrade Estevão Flores de Salles. Ele é responsável pela inclusão ou exclusão dos seminaristas assim como estar em contato com os seminaristas e com os diretores (reitores) dos seminários. 

Os recursos financeiros são controlados e distribuídos pela tesouraria do CM-BH. 

Em tempo: A Caixa Dom Silvério também recebe contribuição do CM-Contagem, pois alguns seminaristas fazem parte da área de abrangência do Conselho Metropolitano de Contagem. 

Anualmente a Caixa Dom Silvério atende em média 80 seminaristas. 

Se você quiser ajudar a manter um seminarista entre em contato com a gente. Pelo E-mail do CM-BH: secretaria@ssvpcmbh.org.br

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Vamos cantar o Hino de Ozanam?

 
Vicentinos nós brasileiros, numa festa só de amores./ Ao patrono da esperança, demos graças e louvores./ Paz aos necessitados com Deus no coração,/ Ele ensinou assim./ Em termos  de amor, a caridade do Senhor.

SALVE!, SALVE! OZANAM/ NÓS VOS DESEJAMOS PAZ E BEM!/ VOSSO IDEAL SEMPRE SERÁ/ EM NOME DE DEUS, NOSSO TAMBÉM! (BIS)
Desfraldando nossa bandeira/ São Vicente ao meu lado seguirei os vossos passos  por Jesus Cristo adorado. / Ensinastes na inspiração Luz do Senhor/ Ao nosso Ozanam O grande fundador, a paz e bem, paz e amor.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Oração pela canonização de Antônio Frederico Ozanam

Deus fiel: agradecemos-te por teres inspirado o Bem-aventurado Frederico Ozanam e seus companheiros na criação da Sociedade de São Vicente de Paulo. 
Deus de amor: pedimos-te que nos ajudes a preservar e perpetuar, em sua autenticidade original, o espírito e a intenção do Bem-aventurado Frederico Ozanam para nos guiar na busca do seu sonho: '' abraçar o mundo em uma rede de caridade''. 
Deus de luz: ilumina nosso caminho terreno e nos enche com um sentimento profundo de gratidão por todas as graças que recebemos ao fazer parte da Sociedade. 
Deus de graça: pedimos-te que abençoeis a causa da canonização do Bem-aventurado Frederico Ozanam e rezamos para que interceda a Teu lado, para a cura de nossos irmãos. 
Pai, Filho e Espirito Santo: encham nossos corações com esperança e que o presente de Tua presença fique em nossos corações vicentinos em todos os aspectos de nossas vidas. 
Amém!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Terço dos Homens em Sabará



Terço dos homens em Sabará

Eu poderia simplesmente informar que todas as terças feiras, às 20 horas, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Sabará; uma média de setecentos homens se reúnem para rezar o terço em honra à Nossa Senhora. Poderia dizer que tudo começou há três anos atrás exatamente no dia 01 de abril de dois mil e nove, quando doze pessoas incluindo um padre foram à cidade de Itaúna ver a reunião de mais ou menos mil e oitocentos homens em uma gruta para rezar o terço. Eles se encantaram e resolveram trazer o terço para Sabará. Poderia também dizer que, que eles se intitulam Filhos de Maria e que se cumprimentam dizendo: Salve Maria! Poderia dizer que eles são crianças, jovens, adolescentes e velhos, e que vem de vários pontos da cidade e também alguns de fora. Poderia dizer que eles não somente rezam o terço, cantam os mistérios... Poderia dizer que eles evangelizam, que ele catequizam, que os doze hoje são vinte e cinco coordenadores que se dividem nos ritos... Poderia dizer que a primeira música que cantam diz tudo, veja a letra: 

“Eu hoje estou contente / o dia é diferente / não vejo a hora de chegar. O momento de ir pra casa / depois de uma jornada / mas não é só pra descansar. Pego o meu terço / visto minha camisa / eu sei ninguém precisa me lembrar. Sou homem de oração / com o terço nas mãos / eu sei que há alguém a me esperar. 

Ave Maria, minha mãe peregrina / eu te peço me ensina / a caminhar pra Deus. Ave Maria, Mãe de tantos nomes / aqui estão os homens / todos filhos teus. 

Adultos e crianças / movidos de esperança / aos poucos os seus lares vão deixando / De carro ou a pé / com devoção
e fé / de todos os lugares vem chegando. Trazendo uma prece / à Mãe que não esquece / de levar nossos pedidos à Deus. Só homens quem diria/ são filhos de Maria / Eu também sou um dos filhos teus.”. 

Ou Outra: “Eu era pequeno / nem me lembro. Só lembro que a noite ao pé da cama. Juntava as mãozinhas e rezava apresado. Mas rezava como alguém que amava. Nas Ave Marias que rezava / eu sempre engolia umas palavras. E Muito cansado acabava dormindo / mas dormia como quem amava. 

Ave Maria, Mãe de Jesus / o tempo passa não volta mais. Tenho saudades daquele tempo / que eu te chamava de minha mãe. Ave Maria Mãe de Jesus, ave Maria Mãe de Jesus.” 

Eu poderia dizer muitas coisas, poderia citar grandes teólogos, Mas eu prefiro dizer assim: 



UM HINO DE LOUVOR 

Já tinha ouvido falar do terço dos homens na cidade de Itaúna. Contam, que naquela cidade ha muitos anos os homens se reúnem para rezar o terço em uma gruta em um dia qualquer da semana. Falam de centenas, milhares de homens... 

Hoje tive uma experiência diferente, ao invés de me convidar para tomar uma cerveja, O Meu amigo, confrade Ronan Oliveira, coordenador da Comissão de Jovens do CM-BH, me convidou para rezar o terço com os filhos de Maria lá em Sabará. 

Momento único! Nunca vivi coisa igual, e plagiando Neruda, “Confesso que vivi” de tudo; neste mundo de meu DEUS. 

O Ronan me pegou na estação de metrô e fomos até a sua casa em Sabará, ainda era cedo. Enquanto o pai do Ronan me mostrava a sua “Fábrica” de doce, o Ronan tomou banho, vestiu a camisa dos filhos de Maria pegou o terço das mãos de sua mãe e saímos em seguida. 

Pelo Caminho ele me mostrava os estragos que o rio tinha feito com a cidade por causa das últimas chuvas. Mas eu só reparava nas pessoas que passava por nós, homens, crianças, velhos, todos apresados; com a mesma camisa dos filhos de Maria, em direção a Matriz de Nossa Senhora da Conceição. 

Salve Maria! Era assim que todos se cumprimentavam. Chegamos à Praça da Matriz e já estava tudo lotado de homens que vieram para rezar. Ao adentrarmos a Igreja percebi que havia poucos lugares vagos. E ainda faltava tempo para começar. Os músicos ajeitavam os seus instrumentos e pude conversar com um dos coordenadores do grupo, ele me disse que há três anos eles rezam o terço, todas terças feiras. A ideia foi retirada do terço dos homens lá de Itaúna. Alguém trousse um CD com o terço de Itauna e eles resolveram experimentar em Sabará. 

Há três anos eles fazem este hino de louvor a Maria. A Igreja estava lotada, centenas de homens de todos os tipos, velhos jovens e crianças, pobres e ricos, trabalhadores... Eles vêm louvar a Maria. Salve Maria! É o que mais se escuta dentro da Igreja. É tudo ritual. Tem duas imagens de Nossa Senhora da Conceição sobre uma mesa no centro do aro Igreja. Eles sorteiam duas pessoas que vão ter o privilégio de passar a semana com a imagem em casa. Os músicos entoam o primeiro hino, me é dado uma bandeirinha sinalizando o quarto mistério, eu pergunto e me explicam: as pessoas que recebem as bandeirinhas vai à frente rezar uma Ave Maria. Salve Maria! Eu recebi este prêmio. Poderia dedicar esta Ave Maria para quem eu quisesse, poderia pedir, poderia agradecer. Mas como sempre o meu coração me dominou, fez-se em mim uma enxurrada de emoção. Órfão que sou; muitas vezes quis colocar minha cabeça no colo da minha mãe e chorar para ser afagado por ela, então me coloquei no colo de Maria, que me permitiram chamar de mãe. E foram assim os cinco mistérios dolorosos de Jesus... Eu rezei no colo de Maria, chorando. 

Se Pedro quando da transfiguração (Lucas 9,33) quis montar três tendas, uma para Elias, uma para Moisés e outra para Jesus eu também queria ficar ali no colo de Maria, debaixo do seu manto que passa sobre todos os fieis que estão na Igreja. Momento único! Repito, Maria eternizou-se em mim. 

Saí pisando nas nuvens, lembrando-me das orações: Pela minha esposa que faz aniversário amanhã, pela minha mãe que faleceu ha vinte anos atrás, pelos doentes, pela fulana que foi operada hoje, pelos desempregados, pelos atingidos pelas enchentes dos rios, pelas graças recebidas, pela minha aposentadoria, pela vida, por eu estar vivo...