quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Projeto Biblioteca Solidária

Estimular a literatura sempre foi um hábito meu. Presenteando com um livro ou mesmo indicando um livro que gostava. Nos meus aniversários sempre ganhava livros, dos meus parentes ou mesmo dos amigos. A minha casa é uma biblioteca, todos aqui gostam de ler. Lemos todo tipo de literatura, tudo que chega à nossa mão, lemos!
Sou muito apegado aos meus livros. Tenho muito amigos escritores e quando eles me enviam os seus últimos trabalhos publicados, eles se tornam únicos para mim, pois sempre veem com uma dedicatória.
Por que estou falando disso? Alguém pode perguntar... E eu respondo: é por causa do projeto: Biblioteca Solidária, idealizado pelo Conselho Particular Antônio Frederico Ozanam,  vinculado ao Conselho Central de Castanhal, por sua vez vinculado ao CM de Belém.
A Ideia me contaminou. Formar uma biblioteca com tema vicentinos, numa região não muito rica, num país que normalmente o povo não lê, é estimulante. Eu vou ajudar no que posso.
Leiam o projeto na íntegra e façam a sua parte. Envie um livro daquele confrade amigo, daquele famoso, daquele simplório. Aquele “Manual de presidente do seu conselho”, aquele livrinho de oração que seu pároco publicou... Em fim, mandem algum livro.

Eis o projeto:
APRESENTAÇÃO:
Tendo a leitura, como componente essencial no processo de formação e educação do ser humano, o Conselho Particular Antonio Frederico Ozanam da SSVP busca através de uma Biblioteca com Literaturas vicentinas, dar formação continuada através da leitura de livros voltados para a prática vicentina, já que a mesma se desenvolve diariamente.

JUSTIFICATIVA:
A proposta desse projeto visa à formação Vicentina dentro do contexto de conhecer; adaptar-se às mudanças sociais é um fator relevante na sociedade em que vivemos, uma vez que as informações nunca chegam prontas e acabadas, elas evoluem com o passar dos tempos. Daí a importância de manter-se atualizado e informado. Ser Vicentino e atuante na SSVP nos reporta a refletir sobre o chamado e o envio. Alguém chama e envia para realizar algo.
O título do projeto fala do pedido de Jesus: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5, 4). É um convite desafiador estendido a todo discípulo de Jesus, em especial aos confrades e consocias.
O mundo em que vivemos é um grande oceano. Neste, há vários tipos de peixes e vários mistérios. As águas mais profundas deste mundo consistem em realidades sombrias que nos causam medo e nos desafiam a cada dia. Os seguidores de Jesus, os vicentinos, chamados para “pescar e resgatar homens” devem realizar tal pesca nestas águas mais profundas. Citemos, a fim de compreendermos melhor o sentido destas águas, alguns lugares, realidades e circunstâncias em que se manifestam a força das ondas oceânicas da vida: zonas de prostituição, favelas, ruas e praças, países paupérrimos, fome, violência, discriminação, agressão à natureza, enfim; o lugar dos empobrecidos e sofredores deste mundo.

OBJETIVO GERAL:
Promover a formação continuada dos vicentinos. A fim de que busquem na leitura conhecer a grandiosa obra a qual pertencem, a SSVP. O que vai refletir diretamente na prática vicentina seja ela: atuando nas paróquias, grupos, mídia, famílias assistidas, obras sociais, escolas e etc.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
ü  Partindo da premissa de que a leitura é uma prática sociocultural importante no desenvolvimento das relações sociais.
ü  Favorecer a leitura e a escrita através da produção de textos.
ü  Trabalhar a concentração e habilidades em falar em público.
ü  Estimular a curiosidade em conhecer a origem da SSVP.
PROCEDIMENTO:
ü  Roda de conversas com apresentação de livros e estudos em grupos.
ü  Cadastro para empréstimo.
ü  Explanação sobre a importância de preservação dos livros, os quais serão classificados e catalogados.
ü  Incentivar a divulgação das obras vicentinas.
ü  Textos informativos; (leitura de textos, Regra Vicentina, imagens e outros meios relacionados à SSVP).
ü  Pesquisas; (pedir aos confrades que pesquisem e tragam informações que inspirem e sirvam de modelos para socialização e atividades na biblioteca).
ü  Produção de textos, cartazes, painéis e outros; (produções dos confrades, que expressem suas interpretações).
ü  Momento para socialização de leituras na conferência, ou em eventos vicentinos.
RECURSOS MATERIAIS:
ü Sala com espaço amplo, iluminado e ventilado
ü Estantes de ferro com prateleiras
ü Mesa com cadeiras ou estofados
ü Cola branca e de isopor
ü Papel, caneta, lápis e caneta
ü Marca texto
ü Cartolinas (cores variadas)
ü Fita isolante
RESPONSÁVEIS:
O projeto será desenvolvido pelo Conselho Particular Antonio Frederico Ozanam, sobre os cuidados e fiscalização do Conselho Central de Castanhal da Sociedade de São Vicente de Paulo. A Biblioteca ficará a disposição de todos os vicentinos, para leitura no local ou empréstimos de livros com prazo determinado, após o preenchimento de um cadastro.
CULMINÂNCIA:
Será feito uma avaliação mensal na Reunião do Particular. E encontros para socialização de obras já lidas. No final de cada livro lido será realizada uma mostra do entendimento de cada um. De acordo com o desejo de cada leitor.
CONCLUSÃO:
Espera-se que o acesso sem custo à Literatura da SSVP alcance resultados significantes para os vicentinos uma vez conscientes serão transmissores de informação, conhecimento, zelo e responsabilidade ética e social de cada um dentro do trabalho desenvolvido junto das famílias assistidas e hierarquias da SSVP que trabalham com a formação vicentina.

Endereço p/ Remessa

Conselho Particular Antônio Frederico Ozanam
Rua Dr. Rui Luiz de Almeida, nº 2.911
Bairro Saudade I         Castanhal-Pará
CEP. 68.741-30


Á Consócia Maria do Céu da Silva Galvão todo o meu respeito e carinho pelo projeto.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Rezai e Cantai Vicentinos





Encontrei um pequeno livrinho “Rezai e Cantai Vicentinos”, já desgasto pelo tempo, foi publicado em 1967. Estas duas preciosidades nos ensinam o que é ser vicentino e como devemos: “Irmos aos Pobres”.






HINO VICENTINO
(MÚSICA: Virgem, Mãe Aparecida)
Ser Vicentino é na Vida
Imitar a São Vicente,
Consolar os que sofrem
E esclarecer o descrente.
CÔRO
Quando contente preciso
Lar do pobre transpor,
Levo comigo o sorriso
Da caridade e amor.
Ser Vicentino é ter alma
De verdadeiro Cristão,
Levando aos lares mendigos
A fé, esperança, o pão.
Ser vicentino é ter dote
De justiça e caridade,
Para com Jesus sorrindo
Consolar a humanidade.
Ser vicentino é ao pobre
Saber como se consola,
Espargindo meigamente
As flores santas da esmola.
Sendo assim, ó Deus bondoso
O' Senhor do meu destino,
Faço solene promessa
De sempre ser VICENTINO.



HINO DA CARIDADE
Letra D. Belchior Neto

Caridade fazei Caridade!
S. Vicente de Paulo nos diz.
Ela ensina o amor de verdade,
Ela faz todo mundo feliz!
Caridade é ação que ilumina,
MISSA que todos podem rezar,
Faz da esmola uma Hóstia Divina,
Faz do pobre Jesus no Altar!

Caridade resume a beleza
Que o Evangelho de Cristo nos traz.
É bondade, é ventura, é riqueza,
É o segredo do Amor e da Paz!

Ao Confrade uma Lei sempre guia:
Todo pobre ê imagem de Deus!
Stá escrito que os pobres, um dia,
Vão abrir-nos as portas dos Céus.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ORAÇÃO




Oh! Meu glorioso São Vicente,

Fazei com que eu consiga te imitar

Como imitastes a Cristo

e fostes imitado por Ozanam.

Fazei com que eu reconheça o rosto de Cristo

Em cada Pobre que atravessar o meu caminho.

Que eu possa servir ao Pobre

Como vos serviste aos Pobres do seu tempo.

Contagia-me com a sua brandura,

Com a sua forma de agir.

Que eu encontre o justo equilíbrio entre

Oração, Reflexão e Ação.

Enfim, me ensina a ver os Pobres,

Como Jesus Cristo os via.


Amém

                     DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DO CONSELHO METROPOLITANO
DE BELO HORIZONTE

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Culto às relíquias



Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R

A Palavra relíquias significa: restos, partículas, coisas sobrantes. È uma tendência natural do ser humano conservar objetos, lembranças e coisas pessoais dos falecidos queridos ou insignes. Essa prática passou à piedade popular cristã mediante o culto aos Mártires. Venerar nas catacumbas o corpo dilacerado pelas feras no Coliseu romano era contagiar-se de sua coragem e pedir suas preces junto a Deus. Mais tarde a Igreja embutia nos altares consagrados para a Eucaristia um fragmento de osso, a Relíquia de um Mártir ou Santo.
Enfim, os povos cultivam a memória de seus heróis, guerreiros e outros porque souberam dignificar a vida por gestos de nobreza, por virtudes e valores morais. Por isso guardam num Memorial os pertences simbólicos (as Relíquias...) de antepassados ilustres. Tais coisas e lembranças tornam-se um 'veículo de comunicação', revivem a presença deles. Como que renascem do passado!  O Memorial lembra o mito antigo da fênix, ave mitológica que renascia das cinzas. Conforme a lenda, ao fim de um ciclo de vida, fênix  incinerava-se para recomeçar outro a partir das próprias cinzas. Escritores cristãos dos primeiros séculos viram aí um símbolo da  Ressurreição de Jesus. Não há  Relíquias de Cristo: vestes, ossos,  objetos (o Santo Sudário ainda é  objeto de pesquisa e estudos).
'Mas, para quem Nele crê e O segue, tudo é Relíquia Dele, do Seu  Mistério, do Seu Corpo humano  glorificado na Ressurreição. Para nos Ele deixou os Evangelhos. Daí vieram  os escritos e reflexões teológicas  posteriores; a literatura, a pintura, a arte cristã de todos os séculos, bem como o testemunho da vida cristã professada até o martírio em todas as raças, culturas, profissões, idades e condições sociais. Como a seiva da orquídea vem substrato para vicejar e se renovar assim a comunidade cristã vem do Evangelho é por ele se mantém. O Evangelho é o substrato das flores bonitas geradas no testemunho de vida dos discípulos. Eles difundem o perfume de Cristo em todas as épocas da História (2Cor 2,5). O corpo do batizado ao renascer das cinzas do pecado pelos méritos de Cristo é vocacionado para superar a morte. Somos as “relíquias” do Senhor ressuscitado. "Vós sois o templo de Deus o Espírito Santo habita em vós" (1Cor 3,16). Em resumo, é legítimo o culto às Relíquias se nos levarem à vida espiritual do Santo. É errado supervalorizá-lo ou usá-lo por crendices, ignorância religiosa, prática supersticiosa ou cobiça de coletas. As Relíquias podem ser expostas e veneradas desde que sob a orientação e aprovação das autoridades eclesiásticas.
Mais do que a um objeto a veneração se dirige à dignidade pessoa humana. Ela é 'partícula' do amor criador divino, é “relíquia" de sua misericórdia. E Maria é o relicário em que Deus nos deu Jesus!
(Artigo publicado na revista de Aparecida (ano 10-Nº116 novembro de 2011)
Fotos feitas por Regiane Estevam (sob minha direção) Relíquia que se encontra no lar dos idosos Nossa Senhora de Lourdes do CC de Nova Lima.