quinta-feira, 12 de abril de 2012

Origem da oração Salve Rainha



“Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida. doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva; A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de Lágrimas. Eia. pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois desce desterro, mostrai-nos Jesus. bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.”

No século Xl, vivia num mosteiro, perto do lago de Constança, Suíça, o monge Germano Contractus. Paralítico desde seu nascimento (18/07/1013), aos sete anos foi confiado pelos pais aos monges do Mosteiro de São Galo para ser instruído nas ciências e nas artes. Tempos depois foi admitido como monge no próprio mosteiro e ficou famoso como astrônomo, físico, matemático, teólogo, poeta e músico. Sua vida foi marcada pelo sofrimento, a ponto de escrever: “De três modos pode-se sofrer: estando inocente, como Nosso Senhor na cruz; estando-se culpado, como o bom ladrão; e para fazer penitência. Eu quero carregar minha cruz para satisfazer por meus pecados e pelos pecados dos outros. É este o meio mais seguro de se chegar à glória do céu. Mas, sinto-me muito fraco. O demônio quer fazer-me vacilar. Mãe do céu ajudai-me, para que, como vós, eu não murmure e não me queixe, mas reconheça no sofrimento uma prova do amor de Deus."

Dia l5 de novembro de IO49, sofrendo de modo especial, rezou em sua cela, diante de um quadro de Nossa Senhora, por quem tinha uma devoção especial. Em seu coração, nasceu a prece: “Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. Pouco depois, entrou em sua cela o irmão enfermeiro. Germano manifestou-lhe o desejo de ir à capela, dedicada a Nossa Senhora. Ali, continuou sua meditação e prece. Rezou: “Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce Maria”.

A expressão “sempre virgem” - “ó doce sempre Virgem Maria” - foi acrescentada mais tarde. A partir daí, multidões de fiéis passaram a rezar essa oração, que se tornou uma das mais populares preces marianas. Mereceu até um belíssimo livro, Glórias de Maria, de Santo Afonso de Ligório, bispo, fundador da Congregação Redentorista e doutor da Igreja.

Fonte: Livro Com Maria, a Mãe de Jesus, de Dom Murilo S.R. Krieger, sc] (pág. 204)

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